Restauração revela registros íntimos de Frida Kahlo e recupera obras de museus em São Paulo...
O início de 2014 deve ser marcado no México pela aparição, em versão restaurada, de 369 imagens do acervo pessoal de Frida Kahlo (1907-1954), com a artista de Coyoacán e seu marido, Diego Rivera (1886-1957) -figuras centrais da arte mexicana no século 20-, diante e por trás das câmeras.
Trata-se de uma seleção entre as 6.500 fotografias guardadas na Casa Azul, residência da artista, na Cidade do México, transformada em museu quatro anos após sua morte.
Os registros, que devem estar recuperados para exposição a partir de janeiro, abarcam 70 anos de momentos e pessoas relacionados à trajetória de Kahlo, como um retrato de seu pai, Guillermo.
Além dos mexicanos, entre os autores das imagens em restauração estão nomes como Henri Cartier-Bresson, Man Ray, Sergei Eisenstein, Tina Modotti e Edward Weston, além de Lola e Manuel Álvarez Bravo.
Frente à objetiva, aparecem, por exemplo, os artistas David Alfaro Siqueiros, André Breton e José Clemente Orozco, e o revolucionário comunista Leon Trótski.
Há também vislumbres de momentos do cotidiano, registros de viagens, detalhes de objetos que foram alvo do interesse da pintora.
O processo de recuperação das fotos, que deve durar aproximadamente seis meses, está sendo custeado pelo Bank of America Merrill Lynch, por meio do seu Projeto de Conservação de Arte. A iniciativa incluiu a América Latina a partir de 2012 e, neste ano, contempla 16 países e 24 propostas, incluindo o Museu de Arte Moderna de São Paulo.
"Moema" (1866), óleo sobre tela de Victor Meirelles (1832-1903), está restaurado e será mostrado ao público a partir de 19 de setembro.
Um dos mais importantes marcos do romantismo indianista, "Moema" faz parte do acervo do Masp e foi a primeira obra brasileira selecionada pelo programa internacional de restauração de arte do Bank of America Merrill Lynch, em 2012.
Em São Paulo, o trabalho deve durar 12 meses e será de conservação e recuperação do Jardim de Esculturas do MAM. Serão instalados um novo sistema de iluminação e novos recursos de identificação das obras. Haverá também a produção de material editorial a ser entregue aos visitantes com informações sobre as esculturas expostas.
Projetado por Roberto Burle Marx, o jardim foi criado em 1993 e exibe 30 obras, de artistas como Franz Weissmann e Amilcar de Castro, distribuídas ao longo de 6.000 metros quadrados.
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