Alex Vallauri: São Paulo e Nova York como suporte
Curadoria João Spinelli - Abertura 16 de abril na Grande Sala – Até 23 de junho
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Trajetória do precursor da arte de rua no país é enfocada na exposição que teve abertura no MAM no último dia 16 e permanece no local até meados de junho.
Não seria hipócrita ao ponto de dizer que ha muitos anos eu conhecia a obra e a existência desse artista incrível e que acredito que para a grande maioria dos artistas (principalmente), tenha sido um grande ícone e exemplo no meio artístico e cultural Brasileiro.
Conhecia sim diversas obras de sua autoria, mas simplesmente visualmente, em partes pela falta de tempo em ter uma vida pessoal, proporcionada pela realidade de sobrevivência diária de quem executa a arte como ofício e também admito que, pela falta (de vergonha na cara) de dedicar um tempo mínimo para o conhecimento um pouco mais a fundo, de um trabalho realmente excelente pela sua linguagem e execução.
Tomei conhecimento de fato da existência de Alex Vallauri (1949 – 1987) através de uma conversa informal entre amigos, que tive por privilégio participar; Para resumir o fato, eu fui instigado a conhecer a obra desse artista no mínimo inovador e certamente revolucionário no contexto e na época em que ele estava inserido.
A conversa ocorreu à quase um ano atrás, e quando tomei conhecimento da abertura desta exposição no MAM, vi a oportunidade de escrever este texto que agora você está lendo e além de espalhar a notícia da exposição mesmo que de uma forma bem modesta, poder também, ainda que silenciosamente agradecer as pessoas que me instigaram e influenciaram a me aprofundar no conhecimento da obra de Vallauri.
Realizei uma releitura e coloquei ao lado de uma obra de Vallauri para ilustrar esta matéria e pouco falarei sobre o artista por duas razões: Primeiramente pelo fato de que é certo que a internet estará inundada de notícias sobre ele por causa desta exposição no MAM (e agradeço aos céus por isso), e depois e mais importante tenho como intenção através do texto deixar a pergunta que já fiz lá no início:
O quê realmente mudou, após quase três décadas?!
A pergunta fica para quem quiser e gostar de raciocinar sobre a realidade cotidiana da nossa vida moderna de uma forma geral e não generalizada; Fica para que pensemos um pouco sobre a repetição dos atos através dos tempos, e também a substituição de velhas mentalidades arcaicas pelas novas gerações que envelhecem seus conceitos de acordo com a maturação de seus pré-conceitos estabelecidos por uma criação velada que ainda nos dias de hoje se faz tão presente nos lares brasileiros.
Em suma, eu faço uma releitura de uma obra de Vallauri que após quase trinta anos de sua morte continua extremamente atual, e isso por si só, mostra a incrível genialidade desse artista incomparável aos dias de hoje; Imagina só nas décadas de 70 e 80.
Quem sabe eu até consiga instigar e incentivar alguém a conhecer de fato (e de forma mais profunda), a obra desse genial artista tupiniquim, eu espero que assim seja.
MESMO QUE INFELIZMENTE NÃO MAIS ENTRE NÓS, VIDA LONGA PARA ALEX VALLAURI!
Evandro Cardoso
EXPOSIÇÃO
Alex Vallauri: São Paulo e Nova York como suporte
MAM - Museu de Arte Moderna de São Paulo - São Paulo (São Paulo)
Parque do Ibirapuera (av. Pedro Álvares Cabral, s/nº - Portão 3)- Tel.: (11) 5085-1300.
De 16/04/2013 até 23/06/2013, de Terça a Domingo
Horário: 10h00 às 17h30
Preço: R$6,00.
Entrada gratuita aos Domingos
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