A Maior Exposição do Mundo
Teve início nesta segunda-feira (12), e permanecem pelas próximas duas semanas, uma exposição que reproduz obras de arte espalhados em 22 mil painéis no Reino Unido; A "Art Everywhere" mostra e pode gabar-se sem nenhum risco de ser "a maior exposição do mundo".
A exposição ("Arte em Todos os Lugares", seria o nome em português) estará em cartaz simultaneamente em mais de 22 mil lugares. Apenas 57 obras de arte serão expostas nestes milhares de locais, de Falmouth, no sul da Inglaterra, a Thurso, no norte da Escócia (do Oiapoque ao Chuí do reino).
O milagre da multiplicação das obras é simples: serão apenas reproduções, exibidas em espaços como outdoors, pontos de ônibus, displays eletrônicos e cartazes de todos os tipos e tamanhos. A seleção dos trabalhos reproduzidos (também em 2.000 ônibus e em mil táxis de Londres) foi parcialmente escolhida pelo próprio público, através da internet.
Em junho, uma lista de cem obras feitas por britânicos ou realizadas no Reino Unido (e todas elas parte de coleções públicas do país), foi apresentada no site arteverywhere.org.uk. A relação das obras foi elaborada por um comitê de críticos, historiadores e pelo idealizador do projeto, o empresário Richard Reed, 40, co-fundador de uma marca de bebidas do tipo "smoothies", chamada Innocent Drinks.
O "top 10" teve obras de glórias da arte britânica do século 19, como Joseph Turner, e do século 20, como Francis Bacon e Lucian Freud e Cornelia Parker, 57, que esteve na sexta-feira no pré-lançamento da "Art Everywhere", que vai oficialmente até o próximo dia 25.
Ao seu lado, estava Sir Peter Blake, 81, que teve dois trabalhos entre os 57 da mostra: uma pintura dos anos 1980 e uma capa de disco que ele ajudou a conceber, a de "Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band", dos Beatles.
IMPORTÂNCIA
Numa entrevista ao jornal londrino "Telegraph", Sir Blake comentou sua surpresa com a pintura mais votada: a tela "The Lady of Shalott" (1888), de John William Waterhouse (abaixo), inspirada em poema do inglês Alfred Tennyson.
Sentado num banquinho e apoiado na bengala, o veterano artista também disse o que achava da tal "maior exposição do mundo": "Não devemos fazer dela algo tão importante. Mas, se um sujeito sai para fazer compras e, no caminho, vê uma bela obra de arte, isso vai somar algo em sua vida".
Particularmente ficamos na torcida para quem sabe esta ideia ser utilizada em terras tupiniquins.
The Lady of Shalott - John William Waterhouse (1888)
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